Durante a semana passada recebi alguns e-mails de colegas revoltados com a matéria publicada na revista Veja. Segundo a reportagem, a Educação brasileira tem caído de qualidade nas últimas décadas, com pais acomodados, afastados das escolas e que pouco sabem do que é passado aos filhos em sala de aula e professores mal qualificado e de tendência a um ensino doutrinário. A revista, por coincidência ou não eu havia recebido em casa, por cortesia, e confesso que não despertou meu interesse, se quer eu havia olhado para a capa. Mas a discussão chamou a minha atenção e resolvi procurar em algum canto em que eu havia colocado e realizar a leitura. O fiasco da nossa educação fundamental começa a ser percebido??? È mais fácil buscar culpados? Mas quais as soluções possíveis?? Realmente a realidade em nossa sala de aula é de muitos pais acomodados, afastados de nossa escola. Mas a maneira com que o papel do professor foi colocado em questão é assustador!! Mas o buraco é “mais em baixo”, na estrutura que sustenta todo este processo. Embora ninguém discorde de que o Ensino Fundamental é a base para uma Educação Integrada a todos os aspectos do desenvolvimento do indivíduo, sabemos que a qualidade do ensino muitas vezes não é adequada. A principal causa para isso é, sem dúvida, o fato de que os investimentos em Educação são insuficientes, o que significa, na prática, que uma maior vontade política dos governos torna-se necessária, assim como mudanças nas políticas públicas.
Continuamos confundindo responsabilidades e acabando por aceitar demagogias, tudo isso por falta de uma reforma política séria e transparente, que promova não apenas novos instrumentos de controle social, mas, sobretudo mais informação sobre o processo político como um todo. Um exemplo interessante pode ser observado por aqueles cidadãos que ao assistirem o horário eleitoral gratuito que observam que a grande maioria dos candidatos - principalmente nas grandes cidades – realiza promessas de segurança para os cidadãos. Só que segurança não é atribuição municipal e, sim, federal ou, em alguns casos, estadual. Algumas cidades, no máximo, têm guardas municipais, mesmo assim com a função de proteger o patrimônio público ou para o trânsito... E não para o combate da criminalidade!! Sem contar com as promessas de saúde. Mas com a Educação a questão é diferente. O ensino fundamental é atribuição, sim, do município!! Com toda a devida atenção... E aí o horário eleitoral gratuito, para a escolha dos futuros governantes de nossa cidade ganha importância redobrada. O que o seu candidato pensa em fazer pelo ensino básico no seu município? O grandioso ato de construir escolas não é nem de longe a questão principal. Investir na capacitação de professores e na infra-estrutura para as aulas? Melhor, sim. Mas o importante mesmo é conscientizar para a importância da participação cidadã em todo o processo político.
“De educadores para professores realizamos o salto de pessoa para funções.(Rubem Alves)”
Continuamos confundindo responsabilidades e acabando por aceitar demagogias, tudo isso por falta de uma reforma política séria e transparente, que promova não apenas novos instrumentos de controle social, mas, sobretudo mais informação sobre o processo político como um todo. Um exemplo interessante pode ser observado por aqueles cidadãos que ao assistirem o horário eleitoral gratuito que observam que a grande maioria dos candidatos - principalmente nas grandes cidades – realiza promessas de segurança para os cidadãos. Só que segurança não é atribuição municipal e, sim, federal ou, em alguns casos, estadual. Algumas cidades, no máximo, têm guardas municipais, mesmo assim com a função de proteger o patrimônio público ou para o trânsito... E não para o combate da criminalidade!! Sem contar com as promessas de saúde. Mas com a Educação a questão é diferente. O ensino fundamental é atribuição, sim, do município!! Com toda a devida atenção... E aí o horário eleitoral gratuito, para a escolha dos futuros governantes de nossa cidade ganha importância redobrada. O que o seu candidato pensa em fazer pelo ensino básico no seu município? O grandioso ato de construir escolas não é nem de longe a questão principal. Investir na capacitação de professores e na infra-estrutura para as aulas? Melhor, sim. Mas o importante mesmo é conscientizar para a importância da participação cidadã em todo o processo político.
“De educadores para professores realizamos o salto de pessoa para funções.(Rubem Alves)”
Um comentário:
Isso, Josiane. É preciso trabalhar na escola para formar cidadãos, que saibam questionar, argumentar, posicionar-se independentemente de partidos políticos. Discutir política é mais que partido. Partido é uma parte e não o todo. Pensar o que é bom para a coletividade, o que é necessário para o bem-estar e a qualidade de vida da comunidade em um pensamento sistêmico, na qual se entende que todas as coisas e pessoas estão interligadas. Deve-se pensar na escola não no resultado apenas, nas informações que o aluno "carregará", mas no processo, no desenvolvimento, na compreensão dos assuntos. Os projetos de aprendizagem ajudam muito nessa perspectiva pedagógica.
Abraço
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