A escola, como é vista atualmente, necessita ser repensada, buscando ser
“Um espaço de busca, construção, diálogo e confronto, prazer, desafio, conquista de espaço, descoberta de diferentes possibilidades de expressão e linguagens, aventura, organização cidadã, afirmação da dimensão ética e política de todo o processo educativo. (Candau, 2000, p.15)”
Ao longo de minha caminhada no PEAD fui me distanciando da velha idéia de pensar que a aprendizagem é um processo no qual o aluno é um receptor passivo de um conhecimento/produto que já vem pronto, definido, completo e inalterável, transmitido por um professor detentor deste saber único e incontestável. Sei que essa concepção ainda encontra espaço em algumas salas de aula, até mesmo da escola em que trabalho. É um pensamento que teima em resistir, pois desde o início do século XX, John Dewey, filósofo norte-americano, já afirmava outra visão de aprendizagem, baseado no princípio “aprender a fazer, fazendo”, segundo o qual a aquisição de conhecimentos se dá por meio do que chamou de continuum experiencial, o aluno é o centro do processo de aprendizagem e seus conhecimentos se originam de experiências significativas, tendo sempre relação com conhecimentos. Uma aluna, muito tímida, veio triste me mostrar que estava “fazendo errado”, pois a forma que fez estava diferente das dos colegas. Assim que olhei eu disse: Parabéns! Você inventou outro maneira de fazer. A alegria dela foi instantânea e a novidade se espalhou, outros alunos também queriam inventar maneiras diferentes.
Gosto muito de dizer para meus alunos que eles precisam ter autonomia na realização das atividades.
CANDAU, Vera Maria (org.). Construir Ecossistemas Educativos – Reinventar a Escola.
In: Reinventar a Escola. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
DEWEY, J. Experiência e educação. São Paulo: Ed. Nacional, 1979.
2 comentários:
Oi Josi! Concordo contigo, infelizmente muitos de nossos colegas continuam a "ensinar", sem oportunizar a interação, a autonomia e o diálogo. Antes estas atitudes mais tradicionais me incomodavam, mas hoje percebo que é muito difícil, talvez impossível, uma mudança de atitude do docente, se não for por sua vontade! Quantas propostas de governo já foram realizadas? Nestes 18 anos de magistério, eu participei de quatro. E o que mudou? Quase tudo foi arquivado ou pouco explorado. Por inúmeras razões: greves, questões políticas, baixos salários... Posso aqui enumerar várias... Mas te pergunto o que fazer então? Este é um dos motivos da minha desilusão com este cargo que ocupo atualmente, apenas cumprir exigências e preencher papeladas não fazem a diferença na educação. Então, qual o caminho a seguir?
Abs,
Rosária Moraes
Olá, Josiane:
Trouxeste sucintamente um exemplo que diz muito! Cada um tem seu ritmo e forma de lidar e valorizar a individualidade de cada deve ser ressaltada como bem fizeste.
Grande abraço, Anice.
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