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Universidade Federal do Rio Grande do Sul


UFRGS


Curso de Licenciatura em Pedagogia:


Anos Iniciais do Ensino Fundamental Modalidade a Distância


Pólo Gravataí



Josiane Ferreira Nunes


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Eixo 6: Resgate e reflexão sobre as questões do conhecimento.

A análise da palavra conhecimento é muito interessante, pois significa conhecer a mente, é adquirir a capacidade de adaptar-se. Para isso não basta decodificarmos as informações, precisamos compreender cada uma delas para assim as utilizarmos como algo que realmente nos seja familiar. Observando o que já estudei e discuti ao longo de minha jornada entendo por conhecimento todas as informações que o individuo armazena e que a partir das mesmas foi ou é capaz de resolver os conflitos. A aprendizagem é o resultado da interação do sujeito, para com seus conflitos ou dúvidas. A partir do momento em que ocorre uma mudança de comportamento acredito que temos a aprendizagem propriamente dita. O Ensino deveria ocorrer a partir das interações de conhecimentos entre professor x aluno x aluno, tendo como ponto de partida as necessidades e das motivações apresentadas por eles. Para Piaget o conhecimento surge da ação para a partir dela organizar, estruturar e explicar. Portanto não é uma aquisição, mas uma construção interna realizada pelo sujeito. A aprendizagem é inata ou construída? O interesse está no sujeito, basta “despertar”? De fato a aprendizagem ocorre pela assimilação, mas não só por ela, mas pela acomodação que ao contrário do que o termo sugere é quando o sujeito modifica seus esquemas mentais. Sob este ângulo o ensino deve ser tranquilo ou provocador de desequilíbrios no sujeito?
Tendo como referência outro questionamento encontrado no texto de Fernando Becker O QUE É CONSTRUTIVISMO? proposto pela Interdisciplina de Desenvolvimento e Aprendizagem sobre o Enfoque da Psicologia II pela professora Simone Bicca Charczuk no eixo 6 que sob meu ponto de vista é a resposta para uma educação condicionadora de posturas.

“Que cidadão o professor quer que seu aluno seja? Um indivíduo subserviente, dócil, cumpridor de ordens sem perguntar pelo significado das mesmas, ou um indivíduo pensante, crítico, que, perante cada nova encruzilhada prática ou teórica, pára e reflete, perguntando-se pelo significado de suas ações futuras e, progressivamente, das ações do coletivo onde ele se insere?”
Em sua prática cotidiana, aparentemente o professor por vezes encontra-se confuso. Afirmo isto pelas inúmeras falhas na organização escolar, erros na gestão, ruídos na comunicação entre o grupo resultando em um monólogo com pais e alunos.
Segundo as três formas de representar a relação ensino/aprendizagem proposta pelo professor Becker os modelos são sustentados por epistemologias que encaminham o professor às respostas que concluirão que cidadão ele quer formar. A práxis do educador nem sempre reflete à teoria pregada ou “assumida” por ele.
Quando Becker diz que ensinar como foi ensinado não é uma justificativa satisfatória para uma sustentação desta forma de ensino, eu concordo pois aprendi o que não gostaria de ser quando professora. Acredito até que meus melhores mestres até a decisão de educar foram aqueles cujas aulas eram desmotivadoras, sem desafios, trabalhos de cópia e condicionamentos que deveriam estar obsoletos há muito tempo, mas que podem ser vistos e acompanhados nos dias atuais como a intimidação, as atividades que visavam à troca de produção por nota (entenda-se produção por reprodução) e uma série de outras características que, infelizmente permeiam nossas salas de aula porque é mais fácil de manter a “disciplina”, deixam cadernos cheios sem a preocupação de que produzem mentes vazias. Há ainda professores que acreditam na “salvação” dos alunos através da injeção de informações prontas e inquestionáveis, verdades absolutas que precisam apenas de assimilação. Afinal, partem estes professores, da premissa tão conhecida de que "não há nada no nosso intelecto que não tenha entrado lá através dos nossos sentidos”. Visto estas considerações iniciais passo a analisar as respostas sobre o conhecimento, aprendizagem e o ensino da escola.
Encontrei minha prática claramente descrita no texto de Becker ao tratar da Pedagogia Relacional. Acredito que a aprendizagem é uma construção sem fim e sem começo absoluto bem como nos ensinara o sábio Piaget. A acomodação parece ter um significado diferente na práxis do cotidiano escolar representando muitas vezes o estado último de cansaço e desânimo do professor que passa a “acomodar-se” no que sabe e no que “transmite”



Referências

BECKER, Fernando. O que é construtivismo? Texto publicado no ambiente ROODA - Interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II, PEAD, UFRGS, 2009. II, PEAD, UFRGS, 2009.







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