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Universidade Federal do Rio Grande do Sul


UFRGS


Curso de Licenciatura em Pedagogia:


Anos Iniciais do Ensino Fundamental Modalidade a Distância


Pólo Gravataí



Josiane Ferreira Nunes


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Eixo 3: O lúdico na prática escolar


Não descobri e sim reforcei minhas certezas ao me aprofundar nas leituras sobre brincadeira e aprendizagem em especial ao texto "Sala de aula é lugar de brincar" da Interdisciplina de Ludicidade e Educação do Eixo 3. O lúdico sempre fez parte da minha prática escolar, embora na minha formação de educadora essa ”parte de mim” tenha sido podada, e certamente a partir desses ensinamentos passou a ser indissolúvel e exercendo um papel de fundamental importância nas minhas aulas. Os momentos lúdicos em sala de aula são de extrema valia, muito ricos e oportunizam situações inusitadas de aquisição de conhecimentos e trocas de experiências, tanto entre alunos como entre professor e aluno. Ao tornar a prática pedagógica mais dinâmica, comecei a me dar conta de quão era divertido o meu trabalho e percebi como o desempenho e o interesse dos alunos pelas atividades propostas em aula melhorou significativamente.


O conhecimento do mundo da criança no início e ao longo do período escolar depende das relações que ela vai estabelecendo com os outros e com as coisas. O que conhece de si e das coisas é insuficiente para estabelecer relações de grupo e por isso centra o seu brinquedo em sua própria atividade, em seus interesses.

A auto concentração é, portanto a marca característica da criança que entra na escola. Este aspecto vai sendo modificado pouco a pouco, mas isso se a escola permitir que ela aja em liberdade e o ambiente de sua casa não comprometê-la física e intelectualmente, ela concluirá o primeiro grau razoavelmente socializada e estabelecendo relações de troca com seus colegas e professores. Concordo que sala de aula é lugar de brincar, pois brincar contribui para uma aprendizagem significante, além de tornar as aulas mais prazerosas. Durante o jogo, a criança amplia a ação, a concentração, o entendimento, a lembrança, a precaução, a curiosidade e o empenho adquiriram costumes de responsabilidade particular e grupal.

Infelizmente tem muitas escolas que não levam muito em consideração a importância do brinquedo e da atividade física para a criança. Uma criança bloqueada no seu espaço de ação, graças, muitas vezes, à ansiedade dos pais e professores por alfabetizá-la, acaba aprendendo à escrita e a leitura que lhe impõe, mas com sérias dificuldades em estabelecer, entre essa aprendizagem e o mundo um elo que poderia facilmente ser trabalhado através do brincar. Em uma das escolas em que trabalho, infelizmente existe algumas colegas que ainda utilizam métodos tradicionais para ensinar, pois vêem o brincar como uma atividade depreendida da sala de aula. Já ouvi muitos colegas dizerem que escola não é lugar de aluno brincar e sim de estudar, pois as crianças já brincam em casa, e que eles não vão perder tempo fazendo jogos, pois tem muito conteúdo para desenvolver.

Resumidamente falando, acho que a criança não deva ir à escola apenas para se alfabetizar na linguagem escrita, precisamos perder a ilusão de que a escola seja a única que está ensinando o que é necessário para viver em sociedade. O brincar por sua vez tem consequências importantes no desenvolvimento de nossos alunos; pois se analisarmos mais profundamente, veremos que o brinquedo é sempre uma oportunidade para que a criança interaja, faça escolha e tome decisões, proporcionando o aprender fazendo. Mas para ser mais bem aproveitado é conveniente que proporcione atividades dinâmicas e desafiadoras, que exijam participação ativa da criança. Distrai, porque oferece uma saída para a tensão provocada pela pressão da escola.

A sala de aula é lugar de aprender, trocar, construir; por este motivo é que concordo com a colocação da professora Tânia Fortuna de que sala de aula é lugar de brincar. “As crianças elaboram suas emoções a partir do brincar.”. O curso do PEAD também oportunizou atividades lúdicas (contação de histórias, música, teatro onde brincamos e representamos) que podem ser utilizados em várias disciplinas, mostrando que as atividades lúdicas contribuem na integração das disciplinas

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